Revista SESI-SENAI Educação - page 9

ENTREVISTA
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REVISTA
SESI/SENAI
EDUCAÇÃO
chamadoCiênciaeArte;neste,expressaar-
tisticamenteconceitosconhecidosdomun-
docientífico, comoodoBigBangedoDNA,
ou a teoria da evolução. Além de adquirir
conhecimentos relacionados à ciência, os
estudantes aprendem também a história
e a contribuição de importantes cientistas
para o mundo. Durante as atividades, já
foram realizadas peças de teatro sobre a
vidadepessoascomoGalileu,Newton,Dar-
wineEinstein.
O projeto teve como inspiração omodelo
educacional finlandês, que se reinventou
apósentrar em colapsoehoje faz dopaís
umadasgrandespotênciasdomundo, ex-
atamente pelos resultados que essa rev-
olução proporcionou à educação. “Há 40
anos, os jornaisdaFinlândia retratavamo
estado de falência da educação daquele
país. Foi, então, tomada uma decisão co-
letiva, que visava a reformar completa-
mente seu sistemaeducacional.Muitodo
que foi feito lá, trouxemos para cá”, expli-
caMiguel Nicolelis, acrescentando que a
escoladoRioGrandedoNortenãopossui
provas, porqueaprovamaiorquepossui é
tentar alcançar a felicidade individual dos
alunos. “E issonãohá testequemeça. Es-
ses alunos eram os intocáveis deMacaí-
ba,masqueexistem, também, emgrande
partedoPaís.”
Para o cientista, as transformações pro-
porcionadas pela escola fizeram com que
os alunos, antes vistos como incorrigíveis,
se transformassem nomaior problema do
setor público educacional do Estado, já
que, agora, eles perguntam, questionam e
debatem as condições de ensino nas es-
colas públicas. Ele ilustra comnúmeros os
ganhosqueasescolas trouxeram:a taxade
evasão de alunos na passagem do ensino
fundamental para omédio, que namédia
geral do Estado beira 80%, caiu para 3%
nasduasescolasqueo Instituto fundou.
JOSÉ PAULO LACERDA
JOSÉ PAULO LACERDA
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