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REVISTA
SESI/SENAI
EDUCAÇÃO
CAPA
Algumas instituições de ensino já estão se preparando
para atender ao Estatuto da Pessoa com Deficiência há al-
gum tempo. É o caso do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI), instituição de educação profissional que
há pelo menos dois anos tem um projeto, para pessoas
com deficiência, de adequação de cursos, recursos didáti-
cos, avaliação, certificação e capacitação de docentes.
Esse projeto está ligado ao Programa SENAI de Ações Inclu-
sivas (PSAI), que oferece apoio para a qualificação, possibi-
litando que pessoas com deficiência possam ser incluídas
no mundo e no mercado de trabalho. Segundo Adriana Ba-
rufaldi, coordenadora do PSAI, o sentido da aprendizagem
no contexto da educação profissional é certificar para dar
autonomia. “Incluir, nesse caso, é efetivamente qualificar
para o mundo e o mercado de trabalho, e a certificação,
então, tem que ter sentido para a pessoa e para a empre-
sa”, diz Adriana, ressaltando que é importante certificar,
reconhecendo a peculiaridade e a especificidade de cada
pessoa, conforme descrito no Decreto n. 6.949/2009 e
na Lei n. 13.146/2015, garantindo ciclos de aprendiza-
gem diferenciados, caso seja necessário. “A proposta de
adequação deve investir em reconhecimento de saberes
e apostar em conceitos de flexibilização e temporalidade
para fazer a qualificação do sujeito”, afirma.
A coordenadora do PSAI conta que parte do projeto con-
templa adequações de grande e de pequeno porte. “A
adequação de grande porte analisa o curso e prevê,
considerando a peculiaridade da deficiência, práticas
pedagógicas diferenciadas, certificação, avaliação e
apoios adequados, além de acessibilidade comunica-
cional, programática, instrumental, arquitetônica, meto-
dológica e atitudinal”, explica Adriana.