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MENSAGEM DO PRESIDENTE
consolidou os resultados das discussões, apon-
tou o caminho para a correção de rota no país.
Uma das recomendações foi o aumento da par-
ticipação do Brasil no comércio internacional e
nas cadeias globais de valor.
Em 2015, a CNI reafirmou a necessidade de
celebração de acordos comerciais com outros pa-
íses ou blocos econômicos, especialmente com
Estados Unidos, União Europeia e México, além
da revisão da estratégia negociadora do Mercosul.
Apresentou, ainda, propostas para aperfeiçoar o
Plano Nacional de Exportações e defendeu a assi-
natura de acordos contra a bitributação, visando à
remoção dos obstáculos ao processo de interna-
cionalização de empresas brasileiras.
Além disso, para contribuir com a construção
de uma agenda compatível com o necessário ajuste
fiscal, a entidade apresentou ao governo o documen-
to
Regulação e Desburocratização: propostas para
melhoria do ambiente de negócios
. São94 propostas
de baixo impacto nas contas públicas que têm como
objetivos simplificar os tributos, reduzir a burocracia,
modernizar as relações de trabalho, ampliar os in-
vestimentos em infraestrutura, estimular as exporta-
ções e aumentar a produtividade das empresas.
As propostas, que foram selecionadas entre
as apresentadas nos 42 documentos entregues
pela CNI aos candidatos à Presidência da Re-
pública, em 2014, estão alinhadas com o
Mapa
Estratégico da Indústria 2013-2022
. Em 2015,
infelizmente, o país pouco avançou na direção
do que o setor defende como formas de promo-
ver o desenvolvimento.
É importante destacar, porém, que a sanção
do novo marco legal da inovação foi um passo
importante. Fruto das discussões no âmbito da
Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI),
iniciativa coordenada pela CNI, a nova legislação
aumenta a cooperação entre empresas, univer-
sidades e instituições de pesquisa. Deixou, en-
tretanto, de contemplar itens essenciais, como
incentivos à importação de bens destinados à
pesquisa e benefícios fiscais para concessão de
bolsas de estudo.
Somando esforços no apoio à inovação nas
empresas, o SENAI, com recursos próprios e finan-
ciamento do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), investe, desde 2012,
na implantação dos Institutos de Tecnologia e dos
Institutos de Inovação. Eles atuam em rede, pres-
tando serviços técnicos e tecnológicos, consulto-
rias, ensaios, calibrações e testes laboratoriais.
Atualmente, estão em operação 42 dos 59
Institutos de Tecnologia previstos. Com relação aos
Institutos de Inovação, 16 já atuam. Neles, foram
desenvolvidos 150 projetos de inovação e pesquisa
aplicada avaliados em R$ 155,6 milhões. O plano é
implantar mais nove Institutos de Inovação.
O Sistema Indústria reafirmou a necessidade
de o país investir na melhoria da educação básica
e profissional. Em 2015, o SENAI e o SESI intensi-
ficaram as ações voltadas à qualidade do ensino,
como a atualização dos currículos, a adoção de no-
vas tecnologias educacionais e o aperfeiçoamento
da gestão escolar. O SENAI recebeu mais de 3,4 mi-
lhões de matrículas em cursos profissionalizantes.