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46 INDÚSTRIA BRASILEIRA ABRIL 2018 SESI/SENAI/IEL de peças e acessórios, a estratégia e a programação. Também há a prova do projeto de pesquisa – etapa em que cada equipe apresentou uma solução para o uso sus- tentável da água. Foram propostas ino- vadoras que envolveram desde a cria- ção de um filtro caseiro a custo zero até o reuso da água na indústria agrícola e a neutralização da contaminação de len- çóis freáticos por agrotóxicos. O esforço dos participantes foi além dos desafios. “Vários projetos de- senvolvidos pelas equipes estão em pro- cesso de patente. Os times também bus- caram investidores no mercado para o desenvolvimento de produtos e apresen- taram planos de negócio muito bem ela- borados. Tudo isso demonstra ao SESI que o Programa tem um forte viés de empreendedorismo e uma relação rele- vante com o mundo de trabalho”, desta- ca a gerente de Projetos Educacionais do SESI, Bárbara Trajano. Atualmente, as 459 escolas SESI de todo o país (ensino médio e fundamen- tal) ofertam o programa de robótica no currículo, independentemente de sua participação na disputa. “O investimen- to do SESI em robótica traz ótimos resul- tados. Os alunos são destaque na Prova Brasil e, com o trabalho em equipe, le- vam valores para a vida pessoal e pro- fissional”, reforça Trajano. PÓDIO A equipe Thunderbóticos, do SESI de Rio Claro (SP), conquistou o primeiro lu- gar entre as 83 equipes competidoras. Também subiram ao pódio as equipes Jedi’s, do SESI de Jundiaí (SP), e a Big Bang, do SESI de Birigui (SP), com a se- gunda e a terceira posições. Thainá Barros Cardoso, estudante da Thunderbóticos, diz que a conquis- ta foi fruto de união e muito trabalho. “Várias equipes tiveram a oportunida- de de vivenciar esse torneio incrível. To- dos deram o melhor, mas batalhamos há muito tempo para conseguir esse resul- tado”, afirma. O professor de ciências e tecnolo- gia Leonardo Vinícius Santolim, técnico da equipe vencedora, participou de três temporadas para alcançar o primeiro lu- gar. Para ele, o resultado foi conquistado com paciência, humildade e resiliência. “Todo ano é difícil. As equipes vêm mais preparadas e o nível aumenta, mas ago- ra o troféu é nosso”, comemora. As dez equipes mais bem colocadas no Torneio de Robótica poderão repre- sentar o Brasil em disputas internacio- nais, como o World Festival , o FLL Open Europe e o FLL Estonia Open , que se- rão realizados nos Estados Unidos, na Hungria e na Estônia, respectivamente. Além das três que subiram ao pódio, foram convidadas as equipes Red Rab- bit (SESI Americana/SP), Robotics Scho- ol (SESI Ourinhos/SP), Lego da Justiça Planalto (SESI Planalto–Goiânia), Fênix (SESI Bauru/SP), Gametech Canaã (SESI Canaã/GO), Biotech (SESI Barra Bonita/ SP) e Robocamb (SESI Maceió/AL). Os quatro melhores projetos de pes- quisa também foram indicados para con- correr ao prêmio Global Inovation . A dis- puta reunirá quase 200 equipes de todo o mundo e a melhor solução inovadora mundial ganhará 20 mil dólares. TORNEIO DE ROBÓTICA FIRST LEGO LEAGUE Objetivos Histórico 2013–2018 6 anos 17 mil competidores 1.700 escolas públicas e particulares 2018 REGIONAIS NACIONAL 5 mil alunos e técnicos 800 competidores Brasil todos os estados 20 estados 83 equipes Promover o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, por meio de torneios com atmosfera de evento esportivo Desenvolver competências cognitivas e habilidades comportamentais para a vida Fortalecer a capacidade de inovação, criatividade e raciocínio lógico Fomentar o trabalho colaborativo Contribuir para a elevação da proficiência dos alunos em matemática e ciências

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