Revista Indústria Brasileira

COMO FUNCIONA O Torneio de Robótica FLL é uma das três categorias que fazem parte do Festi- val SESI de Robótica . Podem participar do FLL estudantes de 9 a 16 anos de escolas públicas e privadas e as chamadas equi- pes de “garagem” – alunos que se organi- zam sem ligação com uma escola especí- fica para participar das disputas. Cada equipe deve possuir, ao menos, um técnico e ter até 10 integrantes. Após as inscrições e as etapas regionais, os me- lhores times garantirão vagas para o tor- neio nacional. Assim como nas outras temporadas, nes- ta edição, os estudantes serão avaliados pelo projeto de inovação e pesquisa, pela capa- cidade de trabalhar em equipe, pelo design do robô e, por fim, pelo desafio do robô, que será realizado nas arenas do evento. Para o projeto de pesquisa, os estu- dantes precisarão identificar um proble- ma que faz com que as pessoas não sejam ativas o bastante. A partir disso, devem realizar pesquisas sobre o problema esco- lhido, pensando em possíveis soluções, e desenvolver uma ideia ou tecnologia capaz de resolver a questão ou melhorar solu- ções já existentes. Logo, terão de criar um protótipo da solução escolhida pela equi- pe. No desafio do robô, os times terão dois minutos e meio para realizar o maior nú- mero de missões possíveis na arena, como levar objetos de um lado para o outro ou encaixar peças de Lego. MEDIDAS DE SAÚDE O SESI tem trabalhado lado a lado com a FIRST (acrônimo da For Inspiration and Recognition of Science and Technology ), or- ganização internacional que realiza o evento, para promover esta nova tempo- rada com todas as medidas de segurança em razão da pandemia. “Estamos traba- lhando para que os eventos aconteçam a partir dos cenários que estão sendo dese- nhados pelos órgãos de saúde”, esclarece a gerente de Educação Tecnológica do SESI, Kátia Marangon Barbosa. O técnico da equipe vencedora do úl- timo torneio nacional, a Turma do Bob, da Escola SESI Abílio Rodrigues Pat- to, de Governador Valadares (MG), con- ta que os estudantes estão lidando bem com as reuniões, agora exclusivamente virtuais. “Todo ano é um desafio novo e neste temos mais um, que são as incerte- zas provocadas pela pandemia. Há muitas limitações, já que cada um está criando es- tratégias em sua casa, e isso é mais com- plicado, mas estamos nos adaptando”, diz Thulyo Menezes de Barros, que também é técnico de informática da escola. Julia Leite Neres, que faz parte da equi- pe do treinador mineiro, gostou do tema. “Eu estou bastante animada porque vai ser minha segunda temporada oficialmente na equipe”, diz a estudante do 1º ano do ensino médio. Nos eventos, os competidores aplicam os conceitos de STEAM (termo em inglês que conceitua a união de Ciências, Tec- nologia, Engenharia, Matemática e Artes) para criar projetos de inovação, construir e programar robôs, além de colocá-los para completar missões em que o objeti- vo final é aprender e se divertir. "COMENDO COM FARINHA" Em Aracaju, a equipe RobôCOE tem trei- nado 6 horas por dia, de segunda a sábado, participando do Desafio Covid-19 de Robóti- ca e aproveitando para se preparar para a nova temporada. “No início estávamos re- ceosos com os encontros virtuais. Agora es- tamos ‘comendo com farinha’, como se diz aqui em Sergipe, ou seja, fazendo commui- to gosto para estarmos preparados”, desta- ca Hélio Igor dos Santos, coordenador do ensino médio do colégio privado COESI, de Aracaju. Ele acredita que o retorno para tanto esforço é garantido. “A gente vê mudança na vida dos meni- nos. A robótica é um projeto pedagógico per- feito: você tem protagonismo, criatividade 44 Revista Indústria Brasileira ▶ setembro 2020 ▼ SESI/SENAI/IEL

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