Indústria Brasileira

“O GProxy pode ser instalado no equi- pamento de Radiologia Computadoriza- da que realiza os exames de imagem, em qualquer unidade de saúde, e pode ser programado de forma remota”, explica Leonardo Costa, diretor de Inovação e Projetos da startup. Os programas são 40% mais econômicos que um sistema convencional de mercado e, pelo tama- nho, podem ser instalados em qualquer lugar – unidades fixas ou móveis. TELHA ECOLÓGICA Quem vive na região de Laguna, em Maceió, se acostumou a conviver com um problema antigo: cascas e mais cas- cas do molusco sururu que se acumula- vam no chão, causando problemas am- bientais e sanitários. Marisco comum por lá, o sururu é muito utilizado na culinária alagoana e, por isso, a pesca e a venda são atividades que movem a economia local. Mas os efeitos colate- rais começaram a incomodar a popula- ção, como o entupimento de calhas e o surgimento de focos potenciais de doen- ças como a dengue. Foi aí que alunos da escola SESI Cam- bona, liderados pela professora Pau- la Renata Pereira, criaram o projeto EcoSururu, que utiliza a casca tritura- da do molusco na fabricação de telhas para a construção civil. Além do suru- ru, o projeto prevê, na mistura, material de garrafas pet, outro produto que tam- bém se acumula e causa danos ao meio ambiente. Iniciado em 2017, o projeto deu tão certo que venceu um concurso da pre- feitura de Maceió. “Com os recursos que obtivemos nesse concurso, tivemos con- dições de dar continuidade ao projeto, agora em fase final de produção do nos- so primeiro protótipo”, comemora a pro- fessora. “É uma alegria e um orgulho a ▼ Neto Porto, da RHPE, pretende contratar 50 funcionários para explorar sua inovação, que transforma restos de borracha em pneus que não furam gente conseguir transformar um produ- to que seria descartado em algo que seja viável e que a população possa usar”, diz o estudante Gabriel Gomes, 17 anos, que participa do projeto desde o início. Outra tecnologia inovadora criada com a ajuda do SENAI, desta vez do Pará, foi a que a startup Tecverde desenvolveu: um método de construção de casas em que 75% do processo construtivo é in- dustrializado, com peças prontas para a montagem do imóvel. A tecnologia acele- ra em até quatro vezes o tempo de execu- ção da obra. De acordo com o CEO da em- presa, Caio Bonatto, uma casa é montada em 90 minutos, mesmo tempo de duração de uma partida de futebol. “Um prédio de quatro pavimentos pode ficar pronto em 10 dias e o custo para o proprietário é similar ao da construção de alvenaria financiada por programas sociais do go- verno”, destaca o em- presário. ■ 45 Revista Indústria Brasileira

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