Revista da Confederação Nacional da Indústria | Ano 4 | nº 39 | novembro 2019

sua atuação na identificação e no desenvolvi- mento de novos produtos e processos quími- cos, bioquímicos e têxteis, a partir de recursos renováveis e não renováveis. O instituto apoia as empresas no desenho de sua estratégia de P&D, no desenvolvimento de produtos e pro- cessos, conectando clientes com fornecedo- res de forma a viabilizar a inovação. A nova sede está estruturada em qua- tro plataformas tecnológicas de pesquisa e uma área de inteligência competitiva. Fo- ram investidos R$ 70 milhões em 3.500 me- tros quadrados ocupados commodernos la- boratórios de biotecnologia, engenharia de processos, transformação química e fibras e equipamentos de última geração. Entre os cerca de 100 projetos já desen- volvidos pelo instituto carioca, destacam-se os microrganismos geneticamente modifi- cados para aplicação industrial na produção de novas moléculas e o desenvolvimento de uma fibra anti-chamas para uso em tecidos de uniformes de proteção individual. HISTÓRICO A iniciativa de criação da rede de institu- tos do SENAI partiu da Mobilização Empre- sarial pela Inovação (MEI), grupo de cerca de 200 executivos das principais compa- nhias industriais brasileiras, coordenado pela CNI, que avaliou ser necessário criar centros de P&D voltados diretamente às ne- cessidades da indústria. A decisão partiu da percepção de que nem sempre a pesquisa básica – por carac- terísticas próprias do ambiente de inovação nacional – transforma-se em produtos que chegam ao mercado no tempo necessário para as empresas. Os centros de P&D tra- balham com pesquisa aplicada – o empre- go do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e solu- ções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócio. A rede de Institutos SENAI de Inova- ção se organiza para atuar integrada a ten- dências globais, como mobilidade, saúde, energia, cidades inteligentes, manufatura avançada, bioeconomia e tecnologias da in- formação e comunicação, evoluindo sintoni- zada com os interesses mais estratégicos da sociedade e da indústria brasileiras.  Na lista de soluções desenvolvidas pela rede estão projetos relacionados à chamada indústria 4.0 realizados emparceria com em- presas de todos os portes e startups. Entre os projetos estão o Flatfish, primeiro protótipo desenvolvido no Brasil para inspeção visual em 3D de alta resolução para inspeção de du- tos de petróleo, feito emparceria coma Shell.  A grande inspiração da rede foi a Socie- dade Fraunhofer, da Alemanha, maior orga- nização de pesquisa aplicada da Europa. Foi firmado contrato com o Instituto Fraunho- fer IPK e, em 2014, o SENAI contratou, tam- bém, especialistas do Massachusetts Institu- te of Technology (MIT) de Cambridge, nos Estados Unidos, para analisar o ecossiste- ma de inovação brasileiro.  ■ Os institutos começaram a ser implantados em 2013 após contrato com a Sociedade Fraunhofer, da Alemanha Em 2014, o SENAI contratou especialistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e de Cambridge (EUA) A rede foi criada para ser uma ponte entre o meio acadêmico e as necessidades do empresariado nacional Os institutos trabalham em conjunto, formando uma rede multidisciplinar e complementar, com atendimento em todo o país Os institutos estão credenciados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) Atualmente há 26 unidades 45 Revista Indústria Brasileira

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