Revista da Confederação Nacional da Indústria | Ano 4 | nº 34 | agosto 2019

Na categoria Estratégia e Inovação, o Brasil levou outros três prêmios nas dis- putas internacionais: 2º lugar no Campeo- nato Mundial de Robótica dos Estados Uni- dos, em Houston, para o time Jedi’s, do SESI de Jundiaí/SP; 1º lugar para a equipe de garagem carioca Stan Geek; e 1º lugar no Aberto da Ásia Pacífico, na Austrália, para a brasiliense Albatroid, do SESI do Distrito Federal. “A robótica desenvolve habilidades muito importantes logo no início da ju- ventude, como comunicação, trabalho em equipe, resolução de problemas e tra- balho com prazos. Nós achamos todas es- sas coisas importantes para que esses jo- vens sejam bem-sucedidos. Eles têm que construir, fazer coisas e às vezes essas coi- sas não vão como o planejado, e é assim que a vida é. Então eles aprendem mui- to com o programa de robótica”, ressalta Patrick Burns, representante da produto- ra multinacional de equipamentos indus- triais John Deere. A empresa é uma gran- de apoiadora dos torneios de robótica nos Estados Unidos porque colhe bons frutos ao investir na robótica educacional. “Desde que o SESI adotou a robótica, em 2006, percebemos um salto na formação de nossos alunos, que estão cada vez mais an- tenados nas novas tecnologias. Com essa metodologia, estamos criando novas gera- ções de engenheiros, cientistas e profissio- nais do futuro”, destaca Paulo Mól. STEAM Os torneios de robótica fazem parte de um programa internacional de explora- ção científica e contribuem para o desen- volvimento de competências e habilidades comportamentais. A cada ano, o torneio estimula o trabalho colaborativo e a criati- vidade e traz desafios do mundo real para alunos de vários países. A robótica está inserida no programa STEAM, adotado pelo SESI. O acrônimo em inglês contempla Ciência, Tecnologia, En- genharia, Artes e Matemática – áreas de conhecimento que devem ser prioridade na formação e precisam ser trabalhadas conjuntamente. OS TORNEIOS POR AQUI MOBILIZARAM MILHARES DE equipes de FIRST Tech Challenge**, com 116 competidores 16 equipes de F1 nas Escolas, com 95 competidores 17 torneios regionais em 11 estados 14 * Competição com robôs de Lego para jovens de 9 a 16 anos. ** Competição com robôs autônomos para jovens de 12 a 18 anos. equipes de FIRST Lego League*, com 6.069 competidores 915 O diretor do Centro de Recursos de Edu- cadores da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), Todd Ensign, considera que “a robótica é um caminho para ensinar es- tudantes de todas as idades a programar, uma habilidade essencial, quase um novo idioma que os alunos devem aprender”. Se- gundo ele, os estudantes aprendem traba- lhando como um time e desenvolvem habi- lidades para diferentes áreas. “Esses alunos serão capazes de estar quase uma década à frente daqueles que não participam de pro- gramas de robótica”, calcula Ensign. Essa avaliação é corroborada pelo em- baixador global de STEM (ou STEAM, no Brasil), Jay Flores. Para ele, a robótica dá aos alunos a oportunidade de inserir em suas vidas o que eles aprendem nas aulas de Matemática e Ciência. “Quando os alu- nos conseguem traduzir o que eles apren- deram em algo que se move, como um robô, isso proporciona um interesse não muito comum dentro de uma sala de aula, por isso é tão importante”, explica. ■ ◀ Fonte: SESI Nacional 45 Revista Indústria Brasileira

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