Revista da Confederação Nacional da Indústria | Ano 3 | nº 29 | dezembro 2018

Martins enfatiza, ainda, que os bol- sistas já entram na empresa pela porta da frente: em contato com as principais áreas de tecnologias da empresa e tra- balhando com profissionais altamente qualificados. “Os bolsistas têm um ga- nho imenso para a carreira. A começar porque recebem o acompanhamento de um gestor e têm o feedback do trabalho que desenvolvem. Não são simplesmen- te bolsistas, eles fazem parte do time da própria empresa”, diz o representante da Fiat. O gestor ainda ressalta que, mesmo nos casos em que não há contratação, o bolsista tem a vantagem de incluir no currículo a experiência de inovação e re- solução de problemas vividos durante o período pelo qual ficou na empresa, que é uma das referências no mercado auto- mobilístico em todo o mundo. Entre os participantes, os elogios ao programa são constantes. A química Ma- riana Gomes, de 29 anos, está na lista dos contratados pela multinacional ita- liana. Ela foi bolsista por quase dois anos e, há cinco meses, faz parte da equipe da FCA. “Como bolsistas, conhecemos as áreas, integramos nossas atividades a vários setores e trabalhamos com exce- lentes profissionais. Isso contribui muito com o crescimento profissional”, diz ela. A engenheira química Izabella Mei- jón, de 26 anos, é bolsista há quatro me- ses na multinacional e vê o Inova como uma importante ferramenta de apren- dizado e de aporte na carreira, princi- palmente para profissionais recém-for- mados. “Estar dentro da engenharia de manufatura da Fiat é uma enorme opor- tunidade. A empresa trabalha muito com inovação e nós fazemos parte dessa equipe”, comemora Izabella. Para o engenheiro mecânico Adel- ti Assis Silva, de 24 anos, as oportuni- dades oferecidas pelo projeto vão além. Bolsista na FCA, na área de desenvol- vimento de um fluido feito da gliceri- na proveniente da reação do biodiesel, Adelti conta que entrou no programa em março de 2017 e ficará nele até o iní- cio do próximo ano. Para ele, o projeto é especialmente importante num cená- rio econômico adverso. “O Inova Talen- tos exerce o importante papel de incen- tivar a inovação no Brasil mesmo com o momento econômico atual. Além do de- senvolvimento técnico, o programa au- xilia o bolsista a desenvolver as habili- dades interpessoais e de gestão”, conta. Criado em 2013 para estimular a ino- vação nas empresas, o Inova Talentos incentiva a aproximação entre a indús- tria e os centros de pesquisa das univer- sidades para a transformação das pes- quisas em negócios, produtos e serviços. Numa primeira etapa, o programa sele- ciona projetos de inovação de empresas e institutos interessados em receber pro- fissionais. Em seguida, jovens com até três anos de formação universitária se candidatam a receber bolsas para acom- panhar e desenvolver o projeto de inova- ção aprovado pelo programa, cujos pra- zos variam de 12 a 24 meses. O Inova Talentos é uma iniciativa da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), realizada pelo IEL com o apoio da CNI. O projeto conta, ainda, com a par- ceria do Conselho Nacional de Desenvol- vimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. CONHEÇA OS NÚMEROS DO PROGRAMA 625 EMPRESAS PARTICIPANTES 1.089 PROJETOS EXECUTADOS 1.601 60% DOS BOLSISTAS PARTICIPANTES SÃO CONTRATADOS AO FINAL DA BOLSA 160 MIL HORAS DE CAPACITAÇÃO DISPONIBILIZADAS BOLSAS DE PD&I CONCEDIDAS 75 CANDIDATOS POR BOLSA Fonte: CNI Adelti e Izabella trabalham na Fiat e são destaques no programa 46 INDÚSTRIA BRASILEIRA DEZEMBRO 2018 SESI IEL

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