Indústria Brasileira

46 INDÚSTRIA BRASILEIRA MAIO 2018 SESI/SENAI/IEL do futuro”. A Metodologia SENAI de Edu- cação Profissional , citada em documen- tos do Banco Mundial, trabalha o de- senvolvimento das soft skills a partir de situações de aprendizagem em todas as unidades curriculares. CARREIRA – O gestor de qualidade da Tecnilange Usinagem Industrial, João Luiz Nopes, lembra que as competências socioemocionais são essenciais para a carreira de qualquer profissional. “Essas habilidades são relevantes independen- temente do setor de atuação, da hierar- quia ou do tempo de experiência. Afetam diretamente a performance e também a adaptação a um novo cargo ou a uma nova empresa”, explica Nopes. Em relação aos técnicos formados pelo SENAI que hoje atuam na Tecnilan- ge, Nopes confirma que, além de gran- de bagagem na parte prática, são pre- parados de uma forma mais sistêmica, o que impacta em melhor rendimento, ambientação e comunicação. “Por esse motivo, sempre priorizamos a contrata- ção de ex-alunos da instituição”, conta. Essa satisfação é compartilhada por ou- tras instituições. A Pesquisa de Acompa- nhamento de Egressos revela que 95% das indústrias têm preferência por pro- fissionais do SENAI. EMPREGABILIDADE – A emprega- bilidade é outro indicador de destaque. O painel revela que seis em cada dez es- tudantes que concluíram o curso técnico estão inseridos no mercado de trabalho – um número expressivo frente ao cená- rio econômico de recessão. Formado em eletroeletrônica pelo SE- NAI de Rondonópolis (MT), Junior Gon- çalves de Souza, de 23 anos, está no gru- po de ex-alunos empregados. Durante a formação, conquistou uma vaga de está- gio no Grupo Petrópolis, segunda maior cervejaria do Brasil. Foi efetivado como eletricista e, em janeiro, assumiu o car- go de Técnico em Automação Industrial, área na qual pretende seguir carreira. “O SENAI abriu minha visão de mer- cado. Além de conhecimento técnico, aprendi sobre gestão, administração de tempo, planejamento e alcance de metas, o que aplico não apenas na minha car- reira, mas na minha vida como um todo”, afirma Souza. INDICADORES – Os indicadores da Pesquisa de Acompanhamento de Egres- sos também revelam que a satisfação dos ex-alunos é expressiva. A nota mé- dia dos avaliados foi de 9,0 (escala de 0 a 10), sendo que 79% dos ex-alunos pre- tendem estudar novamente no SENAI e 99% indicariam os cursos da instituição. Os números também indicam um alto ní- vel de satisfação das empresas com a contratação de egressos. A média das notas nesse quesito foi de 8,6. “Esse acompanhamento é de suma importância para o processo de melhoria contínua das ações formativas no âmbi- to do Sistema Indústria, pois gera insu- mos que indicam se os objetivos do cur- so e o perfil profissional dos formados correspondem à realidade do mercado”, destaca Felipe Morgado, gerente-execu- tivo de Educação Profissional e Tecnoló- gica do SENAI. A Pesquisa de Acompanhamento de Egressos é dividida em três etapas. Na primeira, participam da pesquisa alunos em fase de conclusão de curso nas moda- lidades de Aprendizagem Industrial, Téc- nico de Nível Médio e Qualificação Pro- fissional. No Painel 2015-2017, 181.703 concluintes participaram do monitora- mento. Na segunda etapa, o SENAI en- tra em contato com estudantes forma- dos para coletar dados como inserção no mercado de trabalho. Na última fase, é avaliada a satisfação da empresa. Em 2016, foram ouvidos 43.046 egressos e, em 2017, 3.587 gestores imediatos, en- cerrando o ciclo da pesquisa. COMO O MERCADO AVALIA OS CURSOS TÉCNICOS DO SENAI Fonte: Pesquisa de Acompanhamento de Egressos (SENAI) 8,6 10 9,0 10 Alunos colocados no mercado de trabalho 99% 95% 79% 6 de 10 Nota média dos técnicos do SENAI na avaliação das competências socioemocionais Egressos que indicariam os cursos do SENAI Empresas que preferem contratar técnicos formados pelo SENAI Ex-alunos que pretendem fazer outro curso do SENAI Nota de satisfação das empresas com os ex-alunos do SENAI Nota de satisfação dos ex-alunos com os cursos do SENAI 8,5 10

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