Revista Indústria Brasileira

Amazônia+21 quer aliar progresso e conservação SETOR PRODUTIVO E DEFENSORES AMBIENTAIS APOSTAM NA UNIÃO ENTRE CIÊNCIA, NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS, FUNDING E CULTURA PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO DA REGIÃO Desenvolvimento sustentável não é um conceito novo no vocabulá- rio global, mas ganhou força nos últimos anos quando investir em um modelo econômico baseado no uso responsável dos recursos naturais passou a ser imperativo. O debate saiu do campo da mili- tância pela preservação ambiental e ganhou corpo em outras esfe- ras, como nas relações comerciais, em especial aquelas que envol- vem a comunidade internacional. Um documento recente que formaliza essa transformação é o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Pre- visto para ser ratificado pelos parlamentos europeus ainda nes- te ano, o acordo, assinado em 2019, pode ter sua implementação atrasada em virtude da repercussão negativa que queimadas e des- matamentos na Amazônia brasileira têm alcançado no continen- te europeu. Durante o painel que abriu os encontros preparatórios para o fórum Amazônia+21 , que acontecerá entre 4 e 6 de novembro, o vi- ce-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), Hamilton Mourão, foi enfático ao afirmar que o compromisso global com a sustentabilidade perpassa o co- mércio exterior e a imagem do país perante o cenário internacional. Nesse sentido, Mourão rebateu as constantes críticas que o Bra- sil vem recebendo e apontou caminhos para um desenvolvimen- to sustentável da Floresta Amazônica. “Quero deixar claro que não somos os vilões da sustentabilidade. Pelo contrário, temos a matriz energética mais limpa do mundo”, lembrou. Segundo o vice-pre- sidente, “reprimir os ilícitos ambientais não é suficiente”. “A Ama- zônia precisa de um novo modelo de desenvolvimento baseado em pesquisa e inovação, tendo como base a rica biodiversidade da re- gião”, justificou, durante o evento. 27 Revista Indústria Brasileira

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