Revista Indústria Brasileira

A inclusão social pela porta da escola A HISTÓRIA DE ALUNOS DO SESI E DO SENAI MOSTRA COMO O ENSINO PODE TRANSFORMAR A VIDA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, QUE CELEBRAM EM 21 DE SETEMBRO SEU DIA DE LUTAS Por Aerton Guimarães Em setembro de 2018, estive em Macapá gravando uma série de entrevistas para uma reportagem especial sobre os 40 anos do bar- co-escola do SENAI, o Samaúma. As duas unidades fluviais, que juntas já qualificaram mais de 60 mil pessoas, são, por si só, um dos maiores projetos de inclusão do Serviço Nacional de Aprendi- zagem Industrial, já que levam qualificação profissional a pesso- as que não teriam outra chance de realizar cursos se a infraestru- tura e os docentes não chegassem pelas águas a lugares remotos. Em todos esses anos, diversos estudantes com diferentes tipos de deficiência também passaram pelas salas de aula do Samaúma. Eu conheci um deles, o Samuel Santos Alves, então com 17 anos, se qualificando no curso de Panificação. Na época, ele, que é surdo, me contou que descobriu a paixão pela pa- nificação no SENAI. “É com isso que quero trabalhar”, me disse, em Libras. Quase dois anos depois, voltei a con- versar com o Samuel, só que por telefone (com a intermediação do intérprete Luci- van Souza). Ele disse que foi contratado em um supermercado de Macapá pouco tempo depois daquele nosso encontro e que trabalha como repositor de produtos e embalador. A expectativa, agora, é que ele seja transferido para a área de produ- ção de pães e massas. “Pretendo fazer fa- culdade na área de alimentos e seguir na panificação”, me contou Samuel, refor- çando sua aposta. ▼ Em Sapucaia do Sul (RS), Marcelo Matos comemora 14 anos de emprego como auxiliar de produção na linha de montagem da GM 43 Revista Indústria Brasileira

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