Revista Indústria Brasileira

Inovação em escala mundial EMPRESAS ESTÃO ABANDONANDO MODELOS DE INOVAÇÃO A PORTAS FECHADAS E ADERINDO A REDES INTERNACIONAIS, COMO A PLATAFORMA SOSA, QUE ANTECIPAM MUDANÇAS DISRUPTIVAS No início de 2018, a Schneider Electric, multinacional de origem francesa que atua no gerenciamento de energia e automação, chegou à conclusão de que não conseguiria, so- zinha, acompanhar as transformações em seu setor e abriu suas portas a uma rede global de inovação. A decisão levou a empresa, criada em 1836 em Le Creusot, quando a Primei- ra Revolução Industrial ainda estava em curso na Europa, a ampliar parcerias com startups, centros de pesquisa, uni- versidades, governos e também com os clientes, revolucio- nando a empresa e potencializando seus negócios. Emmanuel Lagarrigue, diretor de inovação e membro do comitê executivo da Schneider Electric, lembra que há duas formas diferentes de abordar a inovação na indústria. “A clássica, em que tudo é desenvolvido dentro da empresa, com o objetivo de ser melhor que os concorrentes e aumen- tar a produtividade e os resultados financeiros; e a inovação aberta, em colaboração com outros parceiros, para buscar soluções disruptivas”, afirma ele. Presente em 190 países, a empresa trabalha atualmente com mais de 200 startups espalhadas pelo mundo. Esse evento transformador na empresa foi descrito pelo próprio Lagarrigue em 1º de julho, durante evento online organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para anunciar uma parceria com a empresa israelense SOSA, que tem atuação global em inovação aberta. “Nós procuramos ideias dentro e fora da empresa. Sabemos que precisamos buscar novas soluções na área de energia, mas sabemos também que não temos como fazer tudo sozinhos. Precisamos de parcerias”, explicou o executivo. 9 Revista Indústria Brasileira

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