Revista Indústria Brasileira

Dirigentes e trabalhadores deverão se adap- tar a uma nova mentalidade, que não per- mite espaços para acomodação. O espírito inquieto e inovador será mais necessário em todas as etapas da produção, desde an- tes da concepção dos produtos até sua en- trega aos clientes. Toda a cadeia produti- va necessitará de um choque de inovação. Nesse contexto, a Confederação Nacio- nal da Indústria (CNI) celebrou uma par- ceria promissora com a plataforma SOSA, organização israelense que atua em vários países na área da inovação aberta (que tem origem na interação com agentes de fora das empresas, como institutos de pesqui- sa e especialistas em tecnologia). Esse con- vênio vai facilitar o acesso de indústrias e startups brasileiras a diversas iniciativas no mundo. Com base nessas experiências, as empresas poderão, por exemplo, estrutu- rar seus programas de inovação. Nos países avançados, as startups são fun- damentais para a geração de empregos e para o dinamismo da atividade econômica. Reco- nhecidas pela agilidade, essas jovens empre- sas incentivam a modernização e o avanço da indústria, da agricultura, do comércio e dos serviços. As startups também criampostos de trabalho qualificados, favorecendo o aumen- to da produtividade, da renda e do bem-estar da população. São, portanto, peças funda- mentais para a articulação e o adensamen- to das cadeias globais de produção. O Brasil tem, hoje, uma dezena de uni- córnios, como são chamadas as empresas nascentes de tecnologia cujo valor de mer- cado é de, pelo menos, US$ 1 bilhão. No ano passado, os investimentos em venture capi- tal , que apoiam negócios inovadores, supe- raram US$ 2,5 bilhões no país, mais da me- tade do total investido na América Latina. Os números animadores são, em parte, resul- tado de iniciativas do governo, da academia e do setor privado para incentivar o desen- volvimento das startups e de um ecossiste- ma de inovação mais eficiente. Entretanto, é preciso e possível avançar mais. Graças ao trabalho de quase 12 anos da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), identificamos uma série de obstáculos que comprometem a capacidade inovadora das empresas brasileiras. Temos trabalhado, em cooperação com o setor público, na bus- ca de soluções e na formulação de políticas e instrumentos de apoio aos investimentos em inovação. Com o esforço de todos, certa- mente vamos nos tornar uma economia mais competitiva, produtiva, dinâmica e inovado- ra, com capacidade de crescer de modo sus- tentável e num ritmo mais vigoroso. ■ 7 Revista Indústria Brasileira

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