Revista da Confederação Nacional da Indústria | Ano 4 | nº 32 | Março 2019

▼ Competitividade A capacidade de inovar é chave para todos aqueles que almejam estabelecer uma trajetória de desenvolvimento sustentável de longo prazo” ▲ João Henrique de Almeida Sousa presidente do SEBRAE “É uma referência”, diz o presidente do SEBRAE, João Henrique de Almeida Sousa. Segundo ele, a intenção principal é promo- ver a inovação em- presarial, por meio de um amplo deba- te entre atores na- cionais e interna- cionais sobre suas experiências e o im- pacto das inovações disruptivas. Sou- sa considera que “a capacidade de ino- var é chave para to- dos aqueles que al- mejam estabelecer uma trajetória de desenvolvimento sustentável de lon- go prazo”. Entre os pales- trantes do Congres- so estarão CEOs e presidentes de empresas nacionais e de países como Israel, Portugal, Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra, membros do governo e da academia, além de líderes que participam da Mobilização Empresa- rial pela Inovação (MEI). O presidente da CNI em exercício, Pau- lo Afonso Ferreira, considera que o con- gresso oferece aos participantes uma oportunidade para conhecer produtos e processos desenvolvidos aqui e no exte- rior, inclusive de concorrentes, o que pode estimular a produtividade, novas parcerias e o acesso a mercados. “A inovação é o ca- minho mais curto para termos uma eco- nomia competitiva. Para o Brasil embar- car na nova revolução industrial, precisará colocar a inovação no centro da estratégia de desenvolvimento”, argumenta Ferreira. Um dos assuntos discutidos no evento será o Índice Global de Inovação (IGI), indi- cador do principal relatório mundial que avalia a eficiência da inovação de 126 paí- ses. Na última edição, o Brasil ficou na 64ª posição, uma colocação que “não é com- patível com o tamanho e a importância da economia brasileira”, como destaca a dire- tora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio. “As empresas não inovam sozinhas; é pre- ciso estar dentro de um ecossistema forte. Precisamos de uma política de inovação coordenada, com metas compartilhadas entre o governo e o setor empresarial”, alerta. Para falar sobre o tema, estarão presentes dois dos editores do IGI: Sou- mitra Dutta, professor da Universidade de Cornell (EUA), e Carsten Fink, economis- ta-chefe da Organização Mundial da Pro- priedade Intelectual (OMPI). Diretores dos mais importantes labora- tórios de inovação do mundo também inte- gram a programação do evento, a exemplo da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), situada na Suíça, o norte- -americano Argonne National Laboratory e o brasileiro Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). A inovação de ponta desenvolvida hoje no Brasil será tema de palestras com Rafa- el Steinhauser, presidente da Qualcomm América Latina, e João Paulo Campos, presidente da Visiona Tecnologia Espa- cial, que, junto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), de- senvolve projeto de construção de satélite. O congresso também vai abrir espaço para discussões sobre: o avanço da tecno- logia e o futuro do trabalho; as inovações na área de Defesa; a inteligência artificial; o blockchain ; o futuro dos alimentos e da energia; as tecnologias aplicadas à saúde; os incentivos à transferência de tecnolo- gia; as cidades do futuro; a computação quântica; open innovation ; as políticas de inovação, com foco em startups; e a for- ça das lideranças femininas na inovação. Durante o Congresso será conferido o Prêmio Nacional de Inovação , iniciativa da MEI e realização da CNI e do Sebrae, maior premiação da área no Brasil, que re- conhece esforços bem-sucedidos de ges- tão em competividade. ■ 28 Revista Indústria Brasileira ▶ abril 2019

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