Revista da Confederação Nacional da Indústria | Ano 4 | nº 31 | Março 2019

UMA das prioridades de atuação da Confe- deração Nacional da Indústria (CNI) sobre a política comercial do país, em 2019, será a redução do peso da complexa e elevada carga tributária brasileira, que tem prejudi- cado muito a competitividade das empresas exportadoras. “Enquanto não houver uma reforma, a tributação será entrave impor- tante”, alerta o diretor de Desenvolvimen- to Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abi- jaodi. Entre os objetivos específicos estão a manutenção do Regime Especial de Reinte- gração de Valores Tributários para as Em- presas Exportadoras, o Reintegra, e a apli- cação da alíquota de 3% para a reintegração dos resíduos tributários remanescentes. MAIS DE 100 PROPOSTAS As ações de política comercial da CNI, somadas aos serviços de apoio à interna- cionalização das empresas, compõem a 4ª edição da Agenda Internacional da Indústria , documento que guia a representação de in- teresses do setor junto ao poder público fe- deral. Resultado de amplo diálogo com en- tidades empresariais, federações estaduais e investidores no exterior, o documento re- úne mais de 100 propostas específicas em torno de 18 grandes temas. Ainda em política comercial, a meta é a indústria pleitear mais defesa comercial e melhores fontes de financiamento. “Não é um benefício, nem uma cobertura. É de- fesa contra ações ilegais de outros países É preciso trabalhar muito para retirar barreiras e levantar o que está impedindo a inserção maior dos produtos brasileiros em determinados mercados no exterior” ▲ Carlos Eduardo Abijaodi diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI sobre os produtos brasileiros. Sobre o financiamento, to- dos os países ofe- recem garantias de longo prazo para as grandes empresas, mas aqui isso é in- termitente”, explica Abijaodi. En t re a s re - comendações da Agenda na área de apoio à internacio- nalização das em- presas estão melho- rias e ampliação do Carnê de Admissão Temporária (ATA Carnet), ferramen- ta ainda pouco utili- zada, mas que sim- plifica exportações e importações de forma temporária, sem impostos. Em um contexto de novo governo, com a iminência de reformas estruturais, uma das novidades desta edição são as propos- tas de governança do comércio exterior brasileiro. O quadro atual não é anima- dor: o país tem uma participação inferior a 2% no comércio internacional, resultado da baixa prioridade conferida pelas políti- cas públicas. ■ 29 Revista Indústria Brasileira

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