Background Image
Previous Page  56 / 59 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 56 / 59 Next Page
Page Background

56

REVISTA

SESI/SENAI

EDUCAÇÃO

a marca da exclusão social. Nesse sentido, é

fundamental entender a EJA como direito e não

apenas como possibilidade de resgate da opor-

tunidade perdida, por culpa do aluno, incapaz

de aprender na época própria. Não cabemais o

argumento de suprir a escolaridade não obtida,

pois se trata de assegurar direitos iguais.

Esses sujeitos possuem uma bagagem de co-

nhecimentos adquiridos em outras instâncias

sociais que deve ser aproveitada, visto que a

escola não é o único espaço de produção e

socialização de saberes. A heterogeneidade é

consequência de aprendizagens e experiências

em diferentes contextos sociais, com seus con-

ceitos, crenças, valores, atitudes e procedimen-

tos, constituindo processos diferenciados de

aprendizagem, construção de conhecimentos

e formas de pensamento, e não diferentes po-

tenciais para a aprendizagem.

Vanilda Pereira Paiva diz que “a concepção

de aprendizagem para esses sujeitos jovens e

adultos, de qualquer nível de escolaridade, é a

base de estar no mundo.” É fundamental que

se perceba quem são esses sujeitos que estão

na nossa sala de aula, porque eles devemguiar

nossas proposições. A partir dessa descoberta

é que poderemos construir coletivamente uma

proposta pedagógica, para que os conteúdos

façam sentido, tenham significado, sejam ele-

mentos concretos na formação, motivando a

autonomia intelectual e contribuindo para que

esses estudantes se tornem sujeitos ativos do