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REVISTA
SESI/SENAI
EDUCAÇÃO
Há algum tempo, estudar, por exemplo,
restringia-se à formação de nível médio.
Com a crescente competitividade, no en-
tanto, elevou-se a demanda ao patamar
do nível universitário. A pós-graduação
veio em seguida, como um item de pri-
meira necessidade. Ou seja, num curto
espaço de tempo impuseram-se graus de
formação àquele que pretendeu crescer
e conquistar cada objetivo traçado para
sua carreira. Hoje, porém, vê-se a corda
muito mais esticada, levando à compre-
ensão de que não há mais o teto médio
de aprendizagem que permita ao homem
apear do burro e colocá-lo na sombra.
Encerrou-se essa era. Agora, o fluxo inin-
terrupto é a marca registrada da mentali-
dade daquele que pretende manter-se no
páreo profissional.
O famoso e empobrecido “não sou pago
para isso!” também perdeu a validade,
haja vista a flexibilidade ter-se instalado de
vez no reino das necessidades cotidianas.
Fazer mais do que se espera já era bem-
-vindo em épocas anteriores; agora, então,
nem se fala. Ultrapassar barreiras e fugir
à mediocridade tornou-se condição vital
para a sobrevivência e o aperfeiçoamento.
©COURTNEYKEATING/ISTOCKPHOTO