REVISTA SESI SENAI EDUCAÇÃO OUTUBRO/14 - page 28-29

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SESI/SENAI
EDUCAÇÃO
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REVISTA
SESI/SENAI
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃ PROFISSIONAL
Marfisa Barros Dias, de 33 anos, de Mi-
nas Gerais, não esconde a alegria em
participar da Olimpíada do Conhecimen-
to2014. “Éumaexperiênciamaravilhosa
estar aqui. Eu entrei no curso emmarço
e, em seis meses apenas, já estou na
Olimpíada do Conhecimento, em busca
damedalhadeouro”, revela.Ela,que tem
Síndrome deDown e compete na ocupa-
çãoPanificação, nãoescondeootimismo
ea importânciado cursoem sua vida. “A
escola doSENAI foi muito boa paramim,
tive a oportunidade de fazer aquilo que
euadoro, queé cozinhar”, diz.
ProfessoradoSENAI dePoçosdeCaldas/
MGemembrodadelegaçãodeMinasGe-
rais, LúciaVasques acompanhouMarfisa
e conta que a parceria entre a Associa-
ção de Pais e Amigos dos Excepcionais
(Apae) e o SENAI foi uma oportunidade
para desenvolver as potencialidades,
habilidades e competências dos alunos,
ampliandoseusconhecimentos. “Émuito
importanteprofissional epessoalmentee
faz com que eles cresçam e sejammui-
tomais felizes doque já são.” Ela ressal-
ta que os alunos estão mostrando suas
capacidades e habilidades nessa com-
petição. “Nós, professores, acreditamos
muitoneles, eoSENAI tambémacredita.
A deficiência não atrapalha o desenvolvi-
mento da competência nem a capacida-
dede realizar os cursos”, completa.
As limitações impostas pela cegueira
não impediram o avaliador Heider Pi-
nheiro, daocupação Tecnologiada Infor-
mação para deficientes visuais, de rea-
lizar seu sonho. Ele ingressou no SENAI
doMaranhãoumanodepoisqueperdeu
totalmente a visão devido a um glauco-
ma. Heider é o único avaliador com de-
ficiência visual da OC 2014, e sua área
tem 15 competidores com a mesma li-
mitação. Para que os alunos e o próprio
avaliador possam desempenhar suas
funções, énecessárioumprogramacha-
mado leitor de tela, instalado na placa
de som do computador, que converte as
informações escritas em áudio.
No que diz respeito aomercado de tra-
balho, Heider acredita que ainda há
poucas oportunidades para os defi-
cientes visuais. “O mercado privado é
o mais problemático, pois muitos em-
presários simplesmente desconhecem
a questão”, afirma. O principal foco,
segundo ele, ainda são os concursos
públicos, que reservam vagas por for-
ça da legislação. “De qualquer forma,
já mostramos que somos capazes de
desempenhar nossas funções normal-
mente na área de TI”, complementa.
MIGUEL ÂNGELO
AvaliadorHeiderPinheiro,
daocupaçãoTecnologia
da Informaçãopara
deficientesvisuais
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