REVISTA SESI SENAI EDUCAÇÃO Janeiro/15 - page 22

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EDUCAÇÃO
o seguinte: o aluno estuda por um ano, e, durante o
outro ano, sai da universidade para trabalhar na in-
dústria. Isso é obrigatório”, exemplificou.
ParaMello, umdospontosque limitama implantação
desse tipo de ensino no Brasil está relacionado ao
fato de que os recursos das universidades são dividi-
dos por carga horária. “Logo, se eu sou professor de
cálculo, eu quero que aminha disciplina tenha infini-
tas horas. Se eu sou professor de estatística, de pro-
jetos, enfim, todomundo quer termais carga horária.
Como o conhecimento aumenta exponencialmente, é
preciso cada vezmais carga horária, e ninguém abre
mãodela”, disseaospresentes. Segundoele, “se isso
não for algo delegado de cima para baixo, não haverá
mudança”.
O diretor de Tecnologia e Inovação da Vale ainda res-
saltou que, “hoje, no Brasil, o estágio é muito buro-
crático. Ele se tornoumuitomais complicado do que
era antes. Mas, certamente, estabelecer programas
formais em que o estudante fique por um ano ou por
períodos de seis meses em uma empresa traria ga-
nhos enormes”.
Regulação governamental
Sobre o papel da regulação governamental ou dos ór-
gãos de classe como indutores das transformações
na educação, Castro argumentou que a regulação
brasileira traz alguns pontos positivos, porém há um
excessodenormas queacabam impossibilitandoque
melhorias sejam feitas para se alcançar a qualidade
da educação. “Há um excesso de regulação que tra-
ClaudiodeMouraCastro
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