REVISTA SESI SENAI EDUCAÇÃO Janeiro/15 - page 20

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SESI/SENAI
EDUCAÇÃO
contribuir para que esse problema seja sanado. “O
empresário tem que entrar nesse ‘jogo’ com muito
mais efetividadeeeficácia. Eleprecisaajudar adese-
nhar o currículo”, afirmou.
Outro entrave apontado para a qualidade da forma-
çãodeengenheirosdiz respeitoà faltadeexperiência
de alguns docentes no mercado de trabalho. Castro
disse que, hoje, a situação que se tem é de alunos
que querem aliar seus conhecimentos teóricos à prá-
tica. Mas, muitas vezes, essa passagem não existe
nas universidades.
Já Mello destacou a importância dos artigos científi-
cos; contudo, afirmou que essa não é a única neces-
sidadeque se temnoensinobrasileiro. “É importante
dizer que artigo científico é relevante. O Brasil vem
crescendonesse item. Eu como cientista valorizo isso
imensamente, mas, essa não é a única verdade. Não
há verdadesúnicas, eháoutrasdimensõesquepreci-
sam ser endereçadas”, disse o diretor de Tecnologia
e InovaçãodaVale, completando: “Ematividades pro-
fissionalizantes, técnicas, práticas, o que se precisa
é da experiência profissional. Em cursos profissionali-
zantes, a dimensão da atividade prática é essencial”.
Ele também ressaltouquehámodelosdiversosde so-
lucionar essa falta de proximidade entre o universo
acadêmico e omercado de trabalho; contudo, desta-
cou como alternativa o Ensino Cooperativo, em que o
estudante passa um tempo determinado na faculda-
de e outro na empresa. “No Canadá, existe um con-
junto de universidades em que se criou ummodelo
chamado Ensino Cooperativo. O ponto central seria
LuizMello
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