No ano anterior, inicia o Estado Novo. Roberto Simonsen, presidente da Confederação Industrial do Brasil (CIB), junto com Euvaldo Lodi, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJ), defende que a CBI se enquadre nos termos da nova Constituição. Em 12 de agosto de 1938, a CIB transforma-se em Confederação Nacional da Indústria, com foco no “restabelecimento da ordem e da paz social” e objetivo de “salvar” as atividades industriais de uma crise mais profunda. Foto: Getúlio Vargas (à esquerda), Roberto Simonsen (ao centro), Euvaldo Lodi (à direita)
Depois que uma comissão formada por membros dos Ministérios da Educação e do Trabalho sugerem a criação de uma lei que crie um sistema nacional de aprendizagem, Euvaldo Lodi e Roberto Simonsen propõem a Getúlio Vargas que esse projeto ficasse sob responsabilidade dos órgãos sindicais nos estados. Em 16 de julho de 1942, Vargas assina o decreto nº 10.009, que cria o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Um dos primeiros grandes eventos promovidos pela CNI foi a I Conferência Nacional das Classes Produtoras, em maio de 1945, em Teresópolis (RJ), com participação de 680 entidades representativas da indústria, do comércio e da agricultura. A conferência propunha sugerir caminhos para levar o Brasil ao desenvolvimento social e econômico robusto, num ambiente democrático, sem inflação e sem déficit fiscal, com equilíbrio no balanço comercial e com maior justiça social.
Com o fim da Era Vargas e a posse do Marechal Eurico Gaspar Dutra na presidência do Brasil, dezenas de greves eclodiram por todo o país, levando representantes das federações industriais de diversos estados a se reunirem na CNI e decidiram criar "um serviço social que se dedicasse à defesa e à valorização do trabalhador". Euvaldo Lodi era colaborador próximo de Dutra e, em 25 de junho, conseguiu do presidente a assinatura do decreto-lei nº 9.043, que criava o Serviço Social da Indústria (SESI).
Um ano e dois meses após a morte de Roberto Simonsen, Euvaldo Lodi homenageou-o ao durante a II Conferência Nacional das Classes Produtoras (II Conclap), realizada em Araxá (MG), entre 24 e 31 de julho. Durante o congresso, nove comissões examinaram questões relativas à produção industrial; circulação e transporte; capitais; créditos e bancos; política comercial; regime fiscal; controle e atividade do governo na economia; educação profissional; serviço social e relações de trabalho.
Quando Getúlio Vargas volta ao poder, por meio de eleições, o movimento nacionalista "O Petróleo é Nosso" mexia com os ânimos da nação e retomava propostas estatizantes. De acordo com projeto, cujo mentor foi o economista Rômulo de Almeida, então assessor especial de Vargas, além de braço direito de Euvaldo Lodi e conselheiro econômico da CNI, é criada, em outubro de 1953, a Petrobras.
Como parte de um grupo de trabalho formado pelo Ministério da Educação para formatar a Reforma Universitária, a CNI sugeriu que a indústria poderia cooperar em programas universitários de pesquisa científica e tecnológica e também promover estágios dentro das empresas. Foi o estímulo para pôr em prática uma interação universidade-indústria, cuja necessidade já havia sido notada pelos industriais. Em 29 de janeiro de 1969, é criado o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Durante o processo de redemocratização do país, Albano do Prado Franco era o presidente da CNI. Ligado à indústria têxtil, Franco tomou posse em 1980, e dois anos depois, foi eleito senador. Em 1984, quando se iniciou a campanha Diretas-Já, a CNI ouviu os candidatos civis à presidência e Albano Franco declarou-se favorável às diretas. Tancredo Neves acabou sendo eleito de forma indireta, mas morreu antes de assumir a posse e foi substituído por seu vice, José Sarney.
Fundada durante o Estado Novo, a CNI completaria 50 anos em 1988, com o Brasil se encaminhando para reabertura democrática. Ao longo do seu primeiro meio-século, a entidade acompanhou todas as transformações vividas pelo país: a queda de Vargas em 1945, o governo Dutra, a volta de Vargas e seu suicídio, a posse de JK, a renúncia de Jânio, o governo de Jango, os 20 anos de ditadura militar, a eleição indireta e a morte de Tancredo Neves que conduziu José Sarney à presidência.
Lorem ipsum dolor site amet, consectetur adipscing elit, sed do eisumod tempor incididut ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad mimim venjam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.