Revista da Confederação Nacional da Indústria | Ano 4 | nº 30 | Fevereiro 2019

Termômetro econômico EMBORA a taxa de desemprego no Brasil ainda esteja elevada, o medo do brasileiro de ficar desempregado teve queda em dezem- bro de 2018, conforme pesquisa da Confe- deração Nacional da Indústria (CNI). O Ín- dice do Medo do Desemprego caiu para 55 pontos no final do ano, ficando 10,7 pon- tos abaixo do registrado três meses antes, em setembro. Essa foi a maior queda desde maio de 1996, quando começou a ser calcu- lada a série histórica, publicada pela pesqui- sa trimestral Medo do Desemprego e Satisfa- ção com a Vida . Na avaliação da CNI, o resultado refle- te o otimismo e a confiança que a popula- ção deposita no novo governo, e também a percepção crescente de superação da crise econômica. Mesmo com a melhora, o indi- cador continua acima da média histórica, que é de 49,8 pontos. “O otimismo aumen- tou, mas não podemos esquecer de que a re- tomada da economia se mostra muito lenta e o desemprego continua elevado”, afirma o gerente-executivo de Pesquisa e Competiti- vidade da CNI, Renato da Fonseca.   De acordo com o estudo, entre setembro e dezembro de 2018, o medo do desempre- go recuou em todas regiões do país. A que- da foi maior no Sul, onde o indicador caiu 16,9 pontos e passou de 62,7 pontos em se- tembro para 45,8 pontos em dezembro. A menor queda, de 8,2 pontos, foi registrada no Sudeste. Naquela região, o medo do de- semprego caiu de 64 pontos em setembro para 55,8 pontos em dezembro. O medo do desemprego também se re- traiu mais entre os brasileiros que possuem maior renda familiar. Entre aqueles cuja renda familiar é superior a cinco salários mínimos, o medo do desemprego caiu 16,2 pontos, de 68,4 para 59,5. Entre os que pos- suem renda familiar entre dois e cinco salá- rios mínimos, a queda foi de 10,2, pouco me- nor que a redução entre aqueles com renda familiar entre um e dois salários mínimos, queda de 10,6 pontos. Entre os que possuem renda familiar de até um salário mínimo, a queda foi de 7,3 pontos. A queda no medo do desemprego foi maior entre os homens, com 12,8 pontos, diferença entre os 62,9 pontos de setembro e os 50,1 de dezembro. Entre as mulheres, houve um recuo de 8,9 pontos, passando de 68,4 pontos para 59,5 no mesmo período. A pesquisa da CNI mostra, ainda, que a satisfação com a vida melhorou. O indica- dor aumentou 2,7 pontos em relação a se- tembro e ficou em 68,6 pontos em dezem- bro. O crescimento de 2,7 pontos foi o maior desde maio de 1999. A satisfação com a vida aumentou, sobretudo, na Região Sul, onde subiu 3,6 pontos.  ■ Medo de desemprego temmaior queda desde 1996 OTIMISMO EMRELAÇÃO AONOVOGOVERNO E À RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA REDUZ PERCEPÇÃO DE RISCO DO VÍNCULO DE EMPREGO, REVELA PESQUISA DA CNI 36 Revista Indústria Brasileira ▶ fevereiro 2019

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